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sábado, 19 de março de 2011

PASSARO PRETO


passaro pretoUm Chopim, Japu, Xexéu, Pássaro-preto ou Vira-bosta (Molothrus bonariensis) é todo preto, o macho distinguindo-se por ter um reflexo metálico azulado. É migratório, desaparecendo na época de inverno e reaparecendo no verão.
É uma ave parasita, ou seja, tem o hábito de não fazer seu próprio ninho, preferindo por seus ovos no ninho de outras aves, para que estas criem seus filhotes. Por isto costuma-se às vezes usar seu nome como um adjetivo. Dá-se o nome de chopim a uma pessoa folgada, que deixa de fazer suas obrigações para que outros o façam. Sempre é visto aos bandos, que pousam sobre os gramados e ali vão andando procurando sementes e insetos.

Chopim (Molothrus bonariensis)

Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Icteridae
Nome científico: Molothrus bonariensis
Nome vulgar: Chopim
Categoria: não-consta
Das 5 espécies do gênero, apenas Molothrus badius não é parasita de ninhos. M. bonariensis e M. ater parasitam, respectivamente, cerca de 176 e 216 espécies de aves, pertencentes a várias famílias; suas distribuições geográficas estão em plena expansão. As outras duas, M. rufoaxillaris e M. aeneus parasitam principalmente espécies da mesma família, Icteridade. O parasitismo consiste na postura de ovos no ninho do hospedeiro, cuja fêmea encarrega-se de incubar os ovos e criar os filhotes "adotivos".
Alimentação: insetos e sementes.
Nidificação: esta espécie não constrói ninho e a fêmea põe 4 ou 5 ovos por postura, sendo 1 no ninho de cada hospedeiro. Porém, em ninhos de Mimus saturninus e Furnarius rufus, já foram encontrados 35 e 14 ovos de chopim, respectivamente. Os ovos são de colorido uniforme e com a casca sem brilho, branco-esverdeados, vermelho-claros ou verdes, ou ainda com manchas e pintas, conforme a região geográfica. O tico-tico (Zonotrichia capensis) é muito parasitado e a adaptação vantajosa para o chopim é a postura de seu ovo antes, ou no mesmo dia, daquela do primeiro ovo do hospedeiro. Como o período de incubação do chopim é de 11 ou 12 dias, um a menos do que o do tico-tico, seu filhote, que é bem maior, nasce antes. Desta forma, o filhote do chopim pode eliminar do ninho seus companheiros tico-ticos ou receber mais alimento, tendo maior probabilidade de sobrevivência. Quando abandona o ninho o filhote chopim é alimentado pelos pais adotivos por 15 dias, solicitando alimento no bico através de um chamado característico, abaixando o corpo e tremulando as asas.
Hábitat: paisagens abertas como campos, pastos, parques e jardins.
Tamanho: 20,0 cm

Um dos pássaros brasileiros mais populares. Manso, inteligente e bastante esperto, conquista logo a simpatia. É encontrado do norte ao sudeste do país, geralmente próximo às plantações de cereais.
Na natureza já demonstra sua índole pacífica, sendo menos arredio que os demais pássaros com as pessoas que lhe oferecem alimentos e com as que ele esteja acostumado a ver nos arredores.
OS TRUQUES
Eles são inteligentes e aprendem rapidamente as coisas. Um dos Pássaros-pretos de Soares, por exemplo, atendia o seu chamado com um estalar de dedos. Ele também pode ser ensinado a pegar e a abrir coisas leves e até a desmanchar laços. Pega palitos de fósforos da caixinha, puxa cigarros do maço, abre a tampa do açucareiro e o que mais você consiga imaginar do gênero.
Sensível, se assusta com facilidade. Se ficar medroso, poderá assim permanecer pelo resto da vida. Portanto, fique atento para a reação dele à sua aproximação. Evite criar situações que possam intimidá-lo em excesso. Cuidado com cores muito fortes, como o vermelho; com o guarda-chuva e até com os óculos quando for pegá-lo. Não dê pancadas na gaiola ou tapinhas no passarinho. Se ele ficar com medo de você, será um pássaro arredio, que dará bicadas e começará a se debater na gaiola toda vez que você tentar tocá-lo.

CUIDADOS GERAIS

ALIMENTAÇÃO: Ração específica para a espécie (encontrada em lojas especializadas) ou do tipo dado a galinhas poedeiras. Acrescente diariamente: alpiste (1 xícara de chá para cada quilo de ração), frutas (banana, maça e mamão) e, a cada três dias, legumes (chuchu, tomate e jiló) e verduras (chicória e almeirão).
SAÚDE: Resistente a doenças. Não se ressente com frio ou calor, mas não se dá bem com correntes de ar. Se demonstrar canibalismo arrancando as penas, pode ser causado por alimentação inadequada ou falta de parceiro para procriar. No caso de falta de parceiro, coloque fios de estopa - passados em salmoura (1colher de sal para um copo de água) para desinfetar - pendurados na gaiola, assim ele passa a puxar os fios e deixa de arrancar as penas.
REPRODUÇÃO: Casais em cativeiro desde filhotes têm procriado com certa facilidade. O viveiro deve ter algumas árvores e ficar em local sossegado, onde não haja circulação de pessoas. A fêmea põe de 2 a 4 ovos por ano, sempre no final da primavera. No cativeiro a época varia em função da mudança de metabolismo da ave. Por ser nativo no Brasil, sua apanha em território nacional é proibida. Pela legislação deve ser obtido em criadouros autorizados pelo IBAMA

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